domingo, 20 de junho de 2010

Colour my life with the chaos of trouble.


“Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo...” - Clarice Lispector

“A maior árvore ascende às maiores alturas e mergulha as raízes mais fundo, para dentro da escuridão - mesmo para dentro do mal; mas ele nem se eleva nem decai. - Quando Nietzche chorou - Irvim Yalom

“Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.” - Friedrich Nietzsche

“Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.” - Clarice Lispector


“Faz de conta que ela não estava chorando por dentro, pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado...” - Clarice Lispector


“Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz: há um encontro. Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra. Embora outra da mesma. Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranqüilo. Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre.” - Um Sopro de Vida (Pulsações) - Clarice Lispector


“Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama. Como se renovar sem primeiro se tornar cinzas?” - Nietzsche


“É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela.” - Friedrich Nietzsche


“Haverá por acaso algo que destrua alguém mais rapidamente do que trabalhar, pensar, sentir, sem uma necessidade interior, sem uma escolha profundamente pessoal, sem prazer, como autômato do dever” - O Anticristo - Friedrich Nietzsche


“A mais rica biblioteca, quando desorganizada, não é tão proveitosa quanto uma bastante modesta, mas bem ordenada. Da mesma maneira, uma grande quantidade de conhecimentos, quando não foi elaborada por um pensamento próprio, tem muito menos valor do que uma quantidade bem mais limitada, que, no entanto, foi devidamente assimilada. Pois é apenas por meio da combinação ampla do que se sabe, por meio da comparação de cada verdade com todas as outras, que uma pessoa se apropria de seu próprio saber e o domina” - A arte de escrever - Arthur Schopenhauer


“Acontecia-me às vezes pensar que se me desse alguma vez para perder-me completamente, para abater um homem, para castigá-lo com o mais horrível castigo, um castigo que metesse medo e fizesse tremer antecipadamente o criminoso mais valente, não precisava senão de dar ao seu trabalho o catáter de uma inutilidade e total e absoluta carência de sentido.” - Memórias da Casa dos Mortos – Dostoiévski


"Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. As vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos" - Jostein Gaarder


“Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia….” - Friedrich Nietzsche


"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." - Friedrich Nietzsche



“Meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angustia constante que nem eu mesma compreendo...sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem aonde está, que tem saudades...sei lá de quê.” - Florbela Spanca



“Como se faz para viver uma vida vazia? Como se faz para viver uma vida cheia de nada?” - filme “O segredo de seus olhos”



“As paixões são os ventos que enfunam as velas dos barcos, elas fazem-nos naufragar, por vezes, mas sem elas, eles não poderiam singrar.” - Voltaire



"Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você. Somos todos aprendizes, fazedores, professores. Você ensina melhor o que mais precisa aprender." - Richard Bach



And here we go again!!

bjus da Samu

domingo, 6 de junho de 2010

Escrito por uma saudosa árvore

Eu realmente devo ter sérios problemas.
Já é de madrugada e não consigo dormir, sinto uma tristeza que me fere e choro; uma tristeza que me incomoda e me faz levantar da cama para escrever em um caderno. Poxa, escrever! Justo eu que só escrevo em uma folha de prova e ainda assim não é lá grande coisa.
O estresse me consumiu e está despertando em mim sentimentos que eu não quero. Luto contra eles.
Tenho sentido falta de tanta coisa, de tantos alguéns. Odeio essa parte dos meus pensamentos. Relembrar o que não posso ter novamente.
Estou odiando sentir falta de um amigo, aquele que passava tardes de sábado comigo conversando, alternando sempre quem deitava no ombro ou colo de quem, do amigo que me alegrava sempre e me fazia sorrir e gargalhar até eu perder o ar. Tenho saudade de ter um amigo homem e odeio admitir isso.
Odeio minha capacidade única e inata de sentir vazio existencial em pleno sábado á noite!
Odeio ter que mostrar algo á mais de mim quando as coisas não vão bem pois sei que que ler vai ter uma visão errônea sobre mim e me achar um tanto vazia. Não nego que até sou, mas procuro sempre mudar isso e também não tenho culpa se eu só funciono e produzo dessa forma.
Ultimamente eu tenho sido bombardeada milhares de vezes por mim mesma. Não sei porque eu ainda teimo em discutir comigo. É, ok, não me ataque com frases um tanto clichês de psicólogo que só se cresce e se conhece passando por essas coisas porque disso eu já tomei ciência há um tempo. Não quero análises, quero apenas o silêncio.


"Alguém me interne no paraíso
preciso urgente dar um tempo por lá"


Me disperso da escrita e me transporto para um lugar que não conheço e repentinamente me lembro de frases avulsas que escrevi em outros textes do meu blog. Agora estou mais confusa do que quando comecei á escrever.
Ontem de manhã eu fui á uma praça aqui perto de casa, me sentei e passei alguns minutos olhando para as folhas secas de outono que alí haviam caído. Filosofei sobre uma árvore e foi então que acreditei que eu também era uma. Nós duas somos estáticas, de quando em quando levam algo de nós sem permissão, amanhecemos e temos gotas de orvalho nos tocando, muitas vezes passamos por dispercebidas, mas sempre temos um folgado procurando por sombra e aconchego. É isso, me encontrei no mundo, sou uma árvore!
Aaah que beleza, por que eu estou falando isso? Tá, têm minha permissão para me considerar uma louca. Pelo menos assim eu fico menos constrangida, já que eu sei que é isso mesmo o que os leitores do meu blog devem estar pensando agora.
Bom, deixa eu retornar ao meu diálogo comigo mesma.
Acabo pensando que tudo isso é TPM. Seu eu fosse mesmo uma árvore, estaria livre disso também, o que me prova que não sou louca de me achar uma árvore porque ainda sei discriminá-la de mim. Não mudou em nada, né?
Vamos esquecer este trecho.
Estou tentando encontrar aonde eu me perdi em toda essa história e descubro que na verdade, eu nunca me encontrei. É, eu percebi o quanto tudo isso que estou dizendo é sem noção alguma e não tem coerência com o início desse texto-fala-conversa-monólogo.
Mais uma vez me disperso.
Ainda sinto falta das tardes, do amigo, do ombro, do colo... ainda odiando não o ter mais ou não ter alguém em seu lugar.
Saudades desse mesmo (in)feliz que tocava violão e cantava comigo, que saia por aí comigo dançando em lugares públicos sem nos importar se havia alguém alí ou o que diriam.
Que saudades me dá!


"Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais! "


Terceira vez que me disperso.

S-A-U-D-A-D-E

Saudade daquele abraço caloroso, do sorriso de paz e do olhar ternuroso.
Me despeço de mais um pseudo-texto na esperança de conter mais meus sentimentos e pensamentos que se movimentam como um turbilhão agora. Já passa das 3hs e preciso descansar. Precisava de um afago.
Talvez esse meu momento de carência tenha um fim quando eu acordar, ao despertar com as gotas de orvalho, voltando á ser como uma árvore.
Peço perdão pela minha ignorância ao me permitir que só eu falasse e por rasurar ínfimas palavras inconsequentes, sem nem mesmo equalizá-las em algum momento, mas é isso o que se passa por uma mente iquieta e estressada de uma árvore tão saudosa.

And here we go again!!!
Beijos da Samurai