quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O DORMIR E O SONHAR

Retirado do livro "Freud explica" de Alberto Goldin


"A teoria psicanalítica mostra que buscamos o prazer nos sonhos e enquanto dormimos. No ato de dormir nos refugiamos num mundo encantado que, se possível, não deve ser perturbado. Mas, como se perturba, dispomos de alguns recursos, sendo o mais importante sonhar para não despertar, para continuar dormindo. Se temos muita sede enquanto dormimos profundamente, podemos sonhar que bebemos água fresca; isso nos permite continuar dormindo um pouco mais. O inverso: quando bebemos em excesso à noite e nosso desejo, em iguais condições de cansaço, é ir ao toalete, podemos sonhar que o fazemos e alucinadamente urinamos. Tudo é muito real, inclusive a vergonha no dia seguinte.
Quando toca o despertador e devemos levantar para trabalhar, podemos sonhar que estamos levantando e nos dirigimos – no sonho – ao trabalho. Tempos depois, ainda na cama, descobrimos o engano.
Os primeiros são chamados sonhos de necessidade, já que as necessidades fisiológicas de beber e urinar se materializam durante o sonho. Os segundos são chamados sonhos de comodidade, já que é este o motivo pelo qual se produz o sonho. A necessidade de beber água ou ir ao toalete, a comodidade de ir ao trabalho sem sair da cama se satisfazem na alucinação do sonho. Em todos esses casos o objetivo é continuar dormindo, porque nos dá prazer. Se isto é verdade, por que motivo o insone não consegue dormir? É óbvio que, por alguma razão, os sonhos cuja função normal é facilitar o descanso não oferecem nenhum prazer. A insônia, apesar de ser uma manifestação patológica, um sintoma que traz sérios inconvenientes, é o melhor recurso, que o indivíduo dispõe naquele momento.
A insônia é um sintoma, que como qualquer outro possui um conteúdo secreto, é um SABER EM CÓDIGO QUE OCULTA E MOSTRA ALGUMA COISA IMPORTANTE. O que sabemos, neste momento, é que não podemos dormir, mas este saber é parcial, porque estamos ignorando algo mais importante e essencial sobre nossa vida. Nesse momento, o indivíduo é objeto de uma transação que consiste em aceitar um sofrimento, o da insônia, mas, simultaneamente, evitar outro, talvez mais perigoso e ameaçador, proveniente do inconsciente e que poderia manifestar-se durante o repouso."


And here we go again!!!
bjus da Samu

POR QUE TENHO INSÔNIA?

Retirado do livro "Freud explica", de Alberto Goldin

"Vai ser uma daquelas noites. Sei com antecedência o que vai me acontecer. Vou me sentir uma idiota, uma espectadora do silêncio. Os ponteiros do relógio circularão, monótonos, sem prestar atenção em mim. Horas inúteis, minutos vazios em que saio de cena e me vejo de fora. Minha situação atual, meu trabalho, minha vida darão voltas na minha cabeça. Repassarei cada palavra da tensa discussão que tive com minha sócia. Será uma nova e interminável noite da qual levantarei mais esgotada do que quando fui dormir. A escuridão é insondável; a noite, misteriosa e minha vida revela-se patética quando, por falta de algo melhor para fazer, utilizo esse tempo para repassar, uma e outra vez, o filme da minha existência.
Uma solução é contar carneirinhos, mas vislumbro um infinito rebanho para contabilizar sem que isso modifique minimamente minha situação.
Fazia tempo que não acontecia; vinha dormindo bem quando hoje, justamente hoje, pensei nisto: invocar sem motivos os demônios da noite, talvez esse seja meu erro. Isso os irrita e agora não tenho como apaziguá-los. Talvez haja outras razões que ignoro. Sei que de manhã, na hora exata de levantar, a insônia acaba e aí moiro de sono. O certo é que por agora estou aqui, esperando que alguma coisa aconteça; como, por exemplo, dormir."


And here we go again
bjus da Samurai

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Páginas de um diário sem tabulação - Parte IV

Não a classificaria como uma adolescência totalmente calma, houveram algumas conturbações, não nego, mas não foi algo surreal, não gostava( e ainda não gosto) de lérias, eu poderia ser considerada um tanto casquilha quanto ás minhas vestimentas, talvez pelo excesso de preto, correntes e outros adereços que poderiam vir á intimidar, quase que uma agressão visual... eu sabia que isso chamava muito a atenção e, apesar de sempre me vestir dessa forma com a intenção de me camuflar, me esconder, fazia do mesmo jeito! Gostava de mostrar que tinha coragem para vestir o que me desse vontade, me maquiar abusando da sombra preta e camadas extravagantes de rímel, não me importava com o que fossem pensar de mim, afinal, era minha vida, não prestava satisfação á ninguém! Com o tempo, vi que não ficaria apenas nisso. Sim, as pessoas julgam, pela aparência e por mais que eu ignorasse, com o tempo surgiam imposições e tive que me adaptar á elas. Hoje vejo o quanto arrisquei minha vida com isso e o quanto as pessoas ao meu redor continuam a arriscar. Tenho fé, acredito em suas mudanças por menores que sejam e por mais insignificantes que sejam aos olhos alheios. Pertencer á uma tribo, fazer pose de mal, abusar da aparência para causar impacto ou medo não passa de uma mera frustração. É sim, mera frustração! Você não acha isso agora por ainda não ter refletido, mas toda pessoa que se difere pelo externo faz isso com o intuito de proteger o interno! Tem medo de sofrer, medo da realidade, medo de não ser reconhecido, medo de ser só mais um, faz pra ir contra os conceitos da família, dos amigos.. nunca faz por si só. Viver do lado negro não é uma coisa que se deseje, é algo que é optado por influência ou momentos repentinos de birra de adolescente com medo de crescer, de deixar seu mundinho infantil para encarar a realidade e acaba entrando em conflito consigo mesmo, não sabe se corre para a liberdade ou prefere o aconchego de um lar familiar e acaba expondo esse drama em “hábitos” que dentre poucos anos, irão lhes fazer pensar no quão estranhos já foram. Posso afirmar, sou exemplo vivo disso! Não me arrependo de como fui na adolescência, mas hoje rio de mim mesma ao pensar nas maluquices que eu usava(na verdade, ainda uso, com menos freqüência, mas minha meta é mudar isso por completo!).
Nem sempre a sensatez e a coerência andavam comigo, porém, uma coisa eu tinha certeza de que nada e nem ninguém poderia desviar de mim.. meu pensamento, minhas idéias, o meu verdadeiro eu. Sabia que por mais tola que eu fosse, ou mais incrédula que parecesse, blasfemar não seria a solução para nada. Foi então que aderi uma nova filosofia de vida, a de que nem tudo nessa vida é perfeito a não ser que eu tenha isso guardado do meu mais íntimo, onde só eu mesma tenha conhecimento e pudesse selecionar as pessoas nas quais eu gostaria de compartilhar meus segredos e vivências. Isso pode parecer um tanto egocêntrico, mas é a mais pura verdade, aprendi com a vida, com o tempo, meu maior e mais sábio mestre, e assim tem sido meu pensamento desde então. Resmungar não faria de mim alguém menos pior ou alguém superior o suficiente para não ter ao menos um pingo de compaixão ao ouvir pessoas me criticando e não ter sentimento algum relacionado á pena quando as xingava.
Sempre morei na mesma cidade, na mesma casa, estudei sempre no mesmo colégio, com as mesmas pessoas e acredito que isso, influenciou e muito minha vida atualmente. Se sou incapaz de mudar minha rotina ou coisas materiais (mera futilidade), por quê teria para mudar quem sou? Não compreendo, não vejo uma lógica, um raciocínio.. também não entendo a minha associação da mudança da minha rotina com o que sou! Aff, volto a me perder com meus pensamentos inúteis! Por quê eu sou assim?
Chega!! Não me entendo mais, não sei nem mais o que estou falando! Acho que já é hora de fechar essa caixa novamente e dessa vez, trancar essas páginas avulsas de um diário e esperar até que algum dia, eu possa voltar a encontrá-las e, quem sabe, completá-las com algumas linhas de palavras que valham a pena alguém ler e entender um pouco sobre o que um dia cheguei a ser, e o verdadeiro porque de eu ter cometido tal erro na minha vida.
Me despeço mais uma vez dessas recordações tão tristes e sentimentos que eu deveria ter tentado expressar, porém, meu orgulho falou mais alto e preferi guardá-los só para mim, em um sentido não muito inteligente, um egoísmo que não saberia definir em poucos parágrafos e que, em poucos anos de vida, me consumiram, me corroeram e já fizeram marcas tão profundas e sem tentativa alguma de cicatrização.
Sem mais!



And here we go again!!!
bjus da Samurai

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Irmãs de cuspi!


Quem disse que para fazer pactos (normalmente um tanto nojentos ou estranhos) precisa ser criança? Por quê não fazer um agora?hahaha
Hoje de tarde, na faculdade, fizemos um tipo de pacto (ou será q foi apenas uma troca de saliva?). Compramos um pote grande de Nutella.. sim NUTELLA!!
Dividimos bem no meio da aula de TOE(técnica de observação e entrevistas). O pessoal da sala olhava com cara de nojo, achando a coisa mais estranha, mas acreditem, isso é legal!hahahaha
E então, surge mais uma teoria.. ou projeto de teoria: Se três pessoas são tão amigas, possuem “N” características em comum, estão sempre juntas, porque não compartilhar também a saliva?auhauha.. ta, parece um tanto horrível isso, mas qual a maior prova de que a amizade supera tudo e está acima de todas as possíveis coisas á acontecer. Não é nada demais. Apenas três colheres babadas mergulhando em um pote de Nutella. Não temos o mesmo sangue, apesar de pensar que seria muito legal(mas na boa, se cortar pra trocar sangue com o outro é uma coisa muito macabra, dipensamos), então, uma boa forma de demonstrar todo o nosso laço de amigas-irmãs, nada melhor do que uma interessante troca salivar de bactérias e micro-organismos através de uma mix de chocolate com avelã!! Tem coisa mais gostosa do que amizade literalmente "adocicada"? hauhau

And here we go again!!
Bjus da Sam

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Páginas de um diário sem tabulação - Parte III

...me sinto realmente só, um vazio que por mais que eu procure preencher, simplesmente não consigo! Constante vontade de chorar...
Dentre tantos devaneios da vida, hoje veio que as coisas não são mais como de quando eu era apenas uma menina, onde eu poderia viver fechada no meu mundinho e fantasiar, onde escolhia quem entrava e quem saia dela. Sentia-me triste, mas era aquela coisa passageira, sabia que não passaria de apenas uma tarde. Hoje, já não posso dizer o mesmo. Parece que quanto mais passam as horas, mais aflita me sinto por não obter uma resposta. Não precisa ser imediata, mas bem que poderia aparecer, né?
Neste momento meu celular está tocando, sei que é uma ligação importante, mas não quero atender. Chega de ouvir reclamações ou chamados. Quero me desligar do mundo, quero tentar seguir sem que nada possa me atrapalhar. Sei que isso é o mesmo que pedir para ganhar na loteria, mas de que vale a vida sem os sonhos?
Não sei exatamente o porquê de eu estar aqui, sentada numa janela, revivendo a minha infância e repensando o meu presente. Talvez não seja a melhor coisa para fazer, mas sei lá.. prefiro fazer isso á tentar esquecer e sofrer internamente.. expondo me sinto mais confiante, mais segura. Não sei ao certo como EU funciono, não tenho um manual de instruções, acho que vim direto da pirataria, de algum beco no Paraguai ou qualquer mini-fábrica caseira.
Por que meu celular não para de tocar? Ainda insistem em me ligar, por quê? Esse som está se fazendo entorpecedor, atormentante!!! Quer saber??? Eu vou dar um basta nisso!! Levanto da janela, pego meu celular, desligo e o jogo em cima da cama. Não quero ver ninguém, não quero conversar com ninguém. Seria mesmo tão difícil assim entender isso?
Ok... não adianta ficar assim, eu sei. Vou voltar á janela, quem sabe lá eu não volte á me sentir melhor e consiga relaxar ao ver o pôr do sol!
Agora sim, retomemos ao ponto. Minha infância me carece, sinto que fiz e tive tudo o que uma criança sempre quis, mas ainda assim, parece que sinto falta de algo que ainda não defini.
Minha adolescência? Até foi agradável!! Tive meus momentos de revolta, não vou negar, mas se comparado á adolescência descritas por ai, acredito que a minha foi um tanto tranqüila. Estudei, fiz cursos, nunca fui muito de sair, nunca fui de andar em bandos.. sempre preferia a solidão. Me isolar de tudo e todos, esquecer o que acontece á minha volta. Um tanto que egoísta se for ver bem, mas fazia por não querer me ferir, não querer que terceiros, de alguma forma, me machucassem mais do que já estava. Bastaria os meus problemas do cotidiano, não agüentaria viver com um problema novo a cada minuto, um novo motivo para chorar ou me magoar. Não era esse tipo de coisa que eu estava buscando.


Continua...

sábado, 8 de novembro de 2008

Páginas de um diário sem tabulação - Parte II

Dentre tantos os conflitos que sofro diariamente, tenho sentido que há algo muito além disso, algo interno que insisti em persuadir em mim. Não aceito a idéia que tudo pode tomar seu determinado rumo sozinho. Tenho que lutar contra meus medos e meus anseios, mas não consigo, é algo acarretado desde muito tempo, tempo demais para que eu mesma não consiga encontrar seu início.
Sempre fui sozinha, nunca gostei de companhias. Fico horas trancada no meu quarto e passo a maior parte das minhas noites acordada, sentada na minha cama, com a luz apagada, olhando para o nada e muitas vezes, desabo á chorar. Não, não tenho motivos lógicos para fazer isso.. ou até tenho, mas não consigo chegar á eles. Já pensei que talvez fosse algo momentâneo, mas isso já acontece com uma certa freqüência e não sei como acontece, apenas sinto vontade e faço, não me questionem ou me rotulem como emo, depressiva ou qualquer outra coisa, não sou apenas mais um conjunto de células dando volume á um determinado espaço.
Sabe, daqui de cima da janela consigo sentir uma brisa aconchegante e envolvente. Sinto como se fosse um abraço que estava esperando alguém me dar, mas que até então, recusei. É, eu recusei, precisava dele sim, mas recusei. Queria algo verdadeiro e não apenas um abraço dado por alguém que sentia pena de mim, isso passa hipocrisia, falsidade... não estou preparada pra conviver com isso.. não agora. Fecho meus olhos e deixo com que a brisa trabalhe por si só. Ouço pássaros cantando bem próximos á mim, posso sentir a melodia de seu canto. Sinto uma paz interna que não vivenciava há anos. Sinto a pulsação do meu coração, sinto meus músculos relaxados como se todo este momento trabalhasse em meu prol.
Abrindo meus olhos, volto á paisagem exuberante da praia. Lá no horizonte há um barco. Me lembro muito bem de quando meu pai me levava até a enseada de tardezinha para ver os barcos. Eram tantos e tantos que eu me perdia em meus sonhos e não sabia ao certo se queria, naquele momento, ser uma marinheira ou uma pirata. Era fantástico! Poderia ser tudo o que eu quisesse ser em questão se segundos. Poderia ir á qualquer lugar, ainda que fosse inexistente, falar a língua que eu quisesse e tudo sempre estaria muito bem, todos sempre me entenderiam. Hoje em dia, por mais que eu tente, não consigo fazer com que isso se torne real. Parece que quanto mais eu grito, mas distante fica, mais eco dá, porém, não há o retorno que eu esperava.. quer dizer, até há, mas não é dado de coração. Não estou pensando como uma pessoa que sofre de mania de perseguição e nem nada não, estou apenas encarando a vida como ela é! Amigos de verdade eu não tenho, me sinto perdida, me sinto só..


Continua...

Enquanto é tempo!


Eu me cobro demais, a verdade é essa. Se eu aproveitasse mais e me preocupasse menos com certas coisas talvez eu tiraria mais proveito de certas situações. Não pense que isso é em tudo na minha vida, porque não é. O que acontece é que quando eu vejo que fugiu do meu controle eu me travo. Eu penso de mais no que pode acontecer, eu tenho medo de mais de arriscar certas coisas e colocar tudo a perder. Enquanto isso algumas coisas boas da vida eu vejo escorrendo pelas minhas próprias mãos. Existem oportunidades que não voltam nunca, e se voltarem como aconteceu no meu caso, nunca volta como antes, é sempre diferente, cada uma em sua particularidade apesar das grandes semelhanças. Tem coisas que fogem do meu controle, é mais forte que eu. Eu juro que eu me esforço, eu me desdobro mas aí no fim não deu em nada, já me vem as cobranças involuntariamente a cabeça. E não é porque eu não quero me livrar disso. Eu quero, eu quero muito. Acho que eu preciso relaxar e repensar algumas coisas pra tentar fazer diferente, porque desse jeito não dá! Eu já to de saco cheio de mim, não quero que outros encham o saco de mim também, já basta eu. Uma hora o saco pode arrebentar, aí não vai adiantar chorar. Enquanto dá pra consertar e ainda é tempo eu tenho que fazer alguma coisa, depois pode ser tarde de mais.

And here we go again!!!
bjus da Samurai

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

À minha fonte diária de renovação

Eu tenho um coração. Quer dizer, dois: um que fica bombeando sangue, outro que fica à procura de carinho. O primeiro anda bem, obrigada. Já o segundo... Com esse coração eu converso, troco idéia, tento ensinar algumas coisas. Sempre em vão. Por mais que eu diga pra ele "Meeeeo, assim não, desse jeito você se ferra!" , ele cisma em desobedecer. Só que ele não paga o pato sozinho, sobra pro resto do meu eu.
Há algumas semanas, essa conversa tem aumentado sua freqüência repentinamente, pois já estava percebendo que ele iria aprontar mais uma. Estava se engraçando todo pro lado de alguém. Isso, em si, não é algo ruim. Eu até queria que ele se engrasse com alguém. Mas com alguém que tenha a mínima possibilidade aceitável concreta de ter algo comigo. E nesse caso, pensava eu, que a possibilidade era estupidamente ínfima de acontecer (quem diria de dar certo). Agora pergunte se adianta alertar? Necas!!
O que isso quer dizer? Que lá vamos nós, eu e meu coração caçador de carinho para mais uma tentativa. E o outro continua bombeando sangue como se nada estivesse acontecendo.
Dessa vez você veio. De surpresa, simplesmente apareceu! Você chega e traz consigo seu mundo, que não era o meu, mas passou a ser há cerca de um mês. São tantos sonhos, tantas experiências, que mal cabem em meu consciente.
Sinto o seu respirar desritmado, os cabelos despenteados, o olhar perdido. E como se não quisessem ser achados, se encontram com os meus, para logo depois fugirem, levando consigo todo o brilho que me encanta a cada dia.
Não, não há o choro límpido das lágrimas; há, sim, e tão somente, o soluçar seco do coração, que bate não sabe quando será recompensado novamente.
Como sempre, uma hora você se vai. Deixa comigo um pouco de penar, um cheiro no ar, na minha pele. E por um tanto hei de esperar, sem que a espera me faça cansar doutra coisa que não você.
Meus braços + seus braços = um abraço. Quente por ser desejado, por ser demorado, por ser nosso. Um laço. E no espaço que não cabe um porquê coube um mundo.
Você constantemente me faz bem, faz minha mente trabalhar em seu favor, pensamentos vem e vão em alta velocidade. Me dê sua mão, passe-as em torno da minha cintura, diga que me ama, dê um sorriso, esqueça quem és, seja apenas meu!
Você tem o sorriso mais bonito, me abraça de um jeito que me faz sentir mais perto de Deus. E a gente se encontra naquele intervalo entre as coisas que são ditas e as coisas que as palavras não alcançam... e se transubstancia... em galáxias, cores, cometas, estrelas, incandescências... tudo ao mesmo tempo... Apóia meus sonhos, mesmo que não concorde com eles (ainda sinto que você não vê o “Astros” no meu futuro!!haha). É um homem que admiro muito mais do que consigo expressar com palavras. Tem manias tão irritantes quanto lindas que nos rendem as mais inusitadas histórias. Me ensina a ser uma pessoa melhor e tenta me entende quando eu não consigo, porque ninguém consegue, às vezes(ta, nunca ninguém me entende porque sou realmente confusa). Não posso deixar de citar novamente do olhar. O que seria de mim sem falar do seu olhar? Sem citar seus olhos que tanto me atraem? Olhos Azuis, oceano, é um céu, um poder soberano! Me perco no seu olhar, viajo em cada detalhe da sua íris e só me trago novamente ao mundo real quando seu sorriso se forma e se transforma em um mundo idealizado e, por fim, concretizado. Cada dia é um mergulho e eu não preciso ter medo, porque nosso desejo é enternecer nosso universo, de um jeito que a gente não entende, mas que vibra e de repente faz tudo parecer que tem sentido.

"Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele no qual o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade que um tem do outro" (Autor desconhecido)

And here we go again!!
bjus da Samurai

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Enterro de anão?

Hoje de tarde, indo almoçar, encontramos uma anã na rua. Acreditem, eu sou o dobro, exatamente o dobro do tamanho dela!! oO
E ai, surge a questão: Você já viu enterro de anão?
Criei uma teoria me baseando nisso. Não! Não existe enterro de anão. Anão não morre, ele se transporta. Para onde? Pro Pólo Norte com o Papai Noel, oras!! tá, deixa eu explicar melhor!
Quando o anão já está em uma idade avançada, ele é teletransportado pro Pólo Norte para trabalhar de duende do Papai Noel, por isso que ele é cheio de pequenas criaturas felizes capazes de fabricarem presentes pra milhares de crianças ao longo do ano! Daí você me pergunta: "Mas lá com o Papai Noel, eles não morrem?"
Não morrem não! ^^
Papai Noel solta sua magia do Natal neles na véspera desta data e eles permanecem imortais assim como o Bom Velhinho!!^^
Tá aí!
Mais alguém tem uma boa explicação para nunca terem visto um enterro de anão?

And here we go again!!
bjus da Samurai

domingo, 2 de novembro de 2008

Páginas de um diário sem tabulação - Parte I


E assim se dá início á mais um daqueles dias de lamento. Me chamo fulana. Tenho tantos anos e sou estudante. Levo uma vida comum. Acordo cedo todos os dias, estudo o dia inteiro, volto pra casa, me ocupo fazendo trabalhos, lendo.. preparando meu futuro. Agora, estou passando minhas férias na praia... ou deveria. Estou aqui á 3 dias e até agora não sai deste quarto, apenas cheguei, passei na livraria deste hotel, comprei um livro e me tranquei aqui. O que faço de diferente a não ser sempre estar entorpecendo meu cérebro? Eu leio! Ok, não precisa começar a defamar. Eu leio sim, mas leio coisas que me tocam, relembro momentos despejados em folhas rascunhadas por mim e outras, por pessoas queridas que me fizeram bem ao longo de minha vida.
Dentre uma dessas horas de loucura, resolvi que iria abrir a gaveta da escrivaninha do hotel onde guardei minhas recordações, tirar de lá tudo o que guardo á anos. Queria me sentir feliz novamente e pôr meu coração no lugar, já que minha vida tem sido caótica o suficiente para me fazer querer sair ás ruas sem rumo algum e não voltar nunca mais.
Até este momento, tenho pensado que o melhor para mim têm sido ficar aqui sentada no meu cantinho, comendo chocolate demasiadamente e sujando minhas folhas com ele(sei que me arrependerei por isso depois, mas que culpa eu tenho? Não dá pra comer sem se sujar!! Sei que você faz o mesmo, então, não me venha julgando!!).
Abri a gaveta. Dela, retirei uma caixa negra, fechada com um trinco vermelho(ta, é do meu tempo de adolescente... também não sou e nunca fui perfeita, também já tive meu momento de rebeldia e, no seu ápice, gostava de me iludir com um fantasioso mundo dark, onde tudo que eu usava ou comprava, em sua maioria, era preto!). Essa caixa é muito especial para mim. Lá, você pode encontrar cada dia da minha vida em uma breve resenha.
Comecei a ler. Nossa, como é gostoso relembrar de velhos amigos, alguns que já se foram, mas me deixaram um pedaço de cada um deles escritas em algumas linhas, outros, que ainda estão em vida mas ocupados o bastante para não darem as caras, darem um telefonema, ou enviarem um email, o que fosse! Não os culpo por isso, há males que vem para o bem!
Estou bem! Sinto-me um pouco mais animada com tanta glicose que já percorre minha corrente sanguínea. Sinto-me bem o suficiente para levantar desse canto e me sentar na janela, defronte á sacada. Deixo a caixa negra ao meu lado. Ponho a carta que estou lendo sobre minhas pernas e olho fixamente ao horizonte. Avisto o mar. O dia está lindo! Á quanto tempo não paro para apreciá-lo! O sol está radiante, a areia está branquinha... de repente, me dá uma enorme vontade de descer e correr ao seu encontro, mas algo me diz para ficar. Não sei, não consigo descer apesar da vontade. Algo me prende áquele quarto.
Me perco olhando ao infinito. Crianças lá embaixo brincam na areia, parecem estar fazendo uma competição de castelinhos. Logo, relembro da minha infância. Adorava vir aqui com meus pais, neste mesmo quarto de hotel. Todos os dias de manhãzinha, eu acordava e já saia correndo para o mar. Quando a onda vinha me molhar, eu me afastava, fugia dela me sentindo superior, superior o suficiente para depois rir dela por ter conseguido molhar apenas os meus pés. Me sentia vitoriosa! Quem dera eu me sentir assim novamente.


Continua...

sábado, 1 de novembro de 2008

Apenas mais uma história..


Era uma vez uma jovem meio sem noção que estava em seu primeiro ano de psicologia. Odiava tudo e todos. Mal-humorada e anti-social ao extremo. Não era a mais doce e com o melhor carisma, mas também não era a pior “coisa” que você poderia, um dia a vir encontrar. Certa vez, conheceu uma pessoa. Com seu jeitinho de malandro, olha enigmático e carisma incomparável, veio se aproximando aos poucos. Mostrava-se atencioso, ao mesmo tempo audaz, espero, porém volátil. Falava pouco com ela, mas sempre com segurança. Não era de gesticular, mas sempre observava.
O silêncio gerava idéias incabíveis, ou talvez memórias e sentimentos que não poderia demonstrar, ou apenas não quisesse... não naquele momento. Um olhar rasteiro, espontâneo, exigente, abrangedor, capaz de ser o mais singelo e sincero o possível e ao mesmo tempo te deixar sem saber qual seu verdadeiro sentido!
Talvez estivesse idealizando demais o já existente, ou talvez esteja fantasiando algo natural. Não saberia responder o quão benevolente venha a ser. Também não saberia rascunhar algo antes de vir aqui expor de uma forma tão "maluca" tudo o que tenho e tudo que possuo.
Sim, esse carinha que aparentava ser tão distante da menina anti-social se aproximou, a ganhou, e hoje, estão juntos de uma forma um tanto engraçada!hahaha
Não saberia descrever como foi que tudo isso aconteceu, afinal, foi algo inesperado e repentino. Foi pega de surpresa e nem mesmo ela saberia concluir como tudo pôde acontecer desse jeito em sua vida. Talvez ele tenha aparecido em seu caminho como a cura de seus medos, ou como a causa das suas insônias. Talvez seja o melhor dos remédios.. ou a melhor erva, antídoto.. ou quem sabe o melhor veneno. Veneno sim, por quê não? Nem todo veneno mata. Podem causar mal-estar, algumas dores de cabeça, um estresse, uma certa irritabilidade de vez enquando, mas isso até mesmo remédio pode causar, não?
Dizem que saber esperar é uma arte divina e o tempo se responsabiliza por trazer novas surpresas em nossas vidas. Ela sempre foi de deixar com que as coisas tomassem seu rumo naturalmente, mas também nunca foi de deixar ao “Deus dará!”. Gostava de dar tempo ao tempo quando o assunto se tratava de relacionamentos. Evitava rápidas aproximações com medo de conseqüências. Talvez esse tenha sido um dos principais motivos de ter se deixado levar pelo garoto dos belos olhos. Ele sabia conduzi-la, sabia esperar... critérios por ela, avaliados como essenciais para o próximo passo.
Foi então que sua vida começou a mudar a cada dia e agora, essa menina tão fechada em si resolveu mudar. É verdade, estou mudando! Sinto que estou crescendo, embora muitos julguem essa mudança como algo superficial e momentâneo, um tipo de utopia.
Aprendi a respeitar meu coração, e dentro dos meus sentimentos, ele é o senhor dos senhores. Um dia ele começou a bater mais forte e fez com que eu renovasse minhas esperanças de mais uma vez encontrar a minha plena alegria de viver. E agora, não importa o que dizem, se é loucura ou não, se é utopia ou não, se é ilusão ou mesmo se não é amor. Apenas eu sinto e tenho a resposta deste enigma!

And here we go again!!
Bjus da Samurai