quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Páginas de um diário sem tabulação - Parte VII

Estamos começando mais um [in]feliz ano e aqui estou tentando pensar.

Dizem que evitar pensar nas coisas que nos fazem/fizeram mal é o que melhor podemos fazer á nós mesmo. É, pode ser uma técnica, mas o que fazer quando tudo á nossa volta tende á retomar o foco do que não queremos lembrar?
Assim como todo mundo, eu também finjo não ver o que acontece á minha volta, mas sempre tem aquele momento em que me deparo comigo mesma e não há outra opção á não ser me encarar.

Me encaro no momento mais inoportuno. Me vejo só, me vejo em um mundo utópico, me torno utópica. Ser diferente nesse mundo é fantasiar, é quase impossível, mas também não quero ser moldada. Sou assim e pronto!

Há sempre aquela lei de Murphy: as coisas sempre tendem á ir pelo caminho mais difícil. Quando se pensa estar bem, a canoa vira e foge em poucos instantes, se dissolve, esvanece.

Tenho fugido de mim mesma, mas estou cercada e sei que preciso tirar minhas mágoas para retomar meu ponto, mas são tantas coisas ao mesmo tempo, não queria mais continuar presa nessa fissura de pensamentos amargos e depressivos, porém, sei que ela é minha válvula de escape. Um tanto controverso, mas quem disse que para estar bem, precisa ser sempre estar certo?

Agora me lembrei de outro ponto. Eu sempre quis abraçar o mundo, mas não consigo abraçar nem ao menos metade de mim. Tenho noção de que cada um pode optar por sua vida, mas não consigo, quero o bem de todos que estão por perto, não quero que ninguém se abandone como eu mesma já fiz diversas vezes.

Sabe aquela pessoa que sempre esteve ao seu lado por diversos momentos de sua vida? Eu já tive algumas pessoas assim fazendo parte da minha e, uma em especial, deixa um grande peso em mim.

Sempre a quis bem, sempre a tive comigo, meio chiclete mesmo. Me lembro de vê-la se perdendo e eu estava ali, sem poder fazer nada. A via se afastando, a vi se deteriorizando. Largar mão de uma pessoa tão importante fere tanto...

Eu tentei ajudar ao máximo, fiz minha parte. Não sei como ela está hoje, não sei se encontrou seu rumo, se soube seguir em frente, não sei o que pensa e nunca soube o que ela sentia, mas sempre soube que ela valia mais do que imaginava, sempre soube que tudo aquilo não passava de um momento confuso que poderia voltar á ser o que era antes, só precisava de uma mão e a minha, ela se negou á aceitar.

Eu chorei.

2 comentários:

  1. Final de ano eh confuso, nee !? sempre causa sentimentos que a gnt naosabenomear :/
    achei q sabia de qm vc tava falando, mas num sei mais se sei .. eu sei!? rs*


    =*

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  2. Samuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
    Entendo o que você expressou aqui.
    É dificil ver uma pessoa próxima de nós com sentimentos confusos e negando ajuda de todos.
    E principalmente quando lembramos e/ou estamos vivendo e além de identificar, ficamos fragilizados por serem pessoas que amamos. Mesmo nós querendo resolver o problema destas pessoas não podemos resolver, isso depende muito da vontade própria que está com o "problema" querer se ajudar. O que podemos fazer? É orientar e estar pronto para ajudar. Não se sinta impotente diante desta situação e não queira ser a Mãezona de todos. Vc precisa ser mãe de vc tbm! Vc sabe que estou aqui irmãzinha! Bjs

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